segunda-feira, novembro 01, 2004

Primeiro blog do resto da vida do poeta

6 anos tinham passado desde a última vez em que o poeta tinha subido ao palco. Agora, enfiado entre quatro paredes ainda conseguia ouvir o som dos sorrisos e das palmas que o invadiam sempre que ele representava o papel que lhe fora destinado. A sua memória estava tão fresca que poderia jurar que tudo teria acontecido no dia anterior, ou seria por ele já estar um pouco perdido no tempo, divagando por entre recordações e revivendo-as. Ainda sente as pontas dos dedos húmidas quando se visualiza no centro do palco a ouvir a sentir cada batida de cada acorde, cada som de cada quadra, os amigos que tem um lugar guardado no poço das recordações, cada momento que existiu que perdurará muito para além do tempo físico. Tudo pouco demais para ser vivido em apenas uma vida, mas para ser repetidamente revivido em todas as vidas onde a prosa do poeta seja ouvida em cada esquina e por todas as esquinas. A Lua caia, o vento parava e iluminava-se a noite só para os verem passar.



P.S. : Eram mais de três