Uma memória para o resto da vida
Passavam poucos minutos das 11,30 da manhã daquele magnífico Outono de 1996. Toda a cidade parecia ainda ter fresca na memória todos acontecimentos da semana passada, noite gloriosa em que Manuel Passos Coutinho, o galocha para os amigos, tinha atravessado vitorioso a linha de chegada que distava 44 Km desde o ponto em que começara a correr cerca de uma hora e meia antes. Desde esse momento, o poeta, amigo de infância do galocha, revivia ininterruptamente a alegria do momento da chegada do galocha, todos os sons da vitória, toda a alegria da confusão, os berros da chegada, as lágrimas de emoção. Os jornais ainda não pararam de falar nele. Quem diria, o galocha, que uma semana depois ainda fazia furor em todos os meios de comunicação. Durante essa semana, Manuel Passos Coutinho foi o campeão indiscutível, mas para o poeta e para os amigos ele além de campeão continuava a ser aquele jovem rebelde que foi a pé cochinho para casa por ter perdido uma galocha no meio da lama num buraco qualquer de uma rua, algures perto da sua casa.
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