Foi uma noite fixe
A noite caia outra vez, cumprindo a promessa do dia anterior. A desordem da ordem continuava, tal como tinha começado algures no ano de 1900 e qualquer coisa. Era mais uma das 52 reuniões semanais do ano de 1900 e qualquer coisa que provocava em todos os presentes um sentimento de libertação, onde a noite era mais do que uma sábia conselheira que os levava para os braços daquele grande mestre chamado Morfeu, aquele que chegava sempre depois da 18 bejeca, patrocionador do afamado grande prémio da estrada até aos respectivos vales dos lençois. Naquela noite, presos por divagações várias de um dos membros que acabara de cumprir a sua 15 rodada, os restantes membros, que suportavam o peso cada vez maior dos respectivos instrumentos, entoavam cânticos enquanto observavam estasiados aqueles seres errantes que apareciam sempre, vindos do compartimento do lado e dançavam até não haver mais nenhumas mãos a cansar as cordas, mais nenhum sopro a produzir um som, mais nenhuma garganta a entoar um cântico. Aquela noite, era uma noite especial. Estavam todos presentes, os locais de debate todos abertos, locais esses onde se dissecava a problemática da conjunção do tractor amarelo com a loira do Rés-do-chão Centro e ninguém se tinha ainda cansado de partilhar aquela amena cavaqueira com todos os outros que não os queriam ouvir mais. Assim se passou mais uma noite para mais tarde recordar.
Patrocínio: Azeite galo, a cantar desde 1914